O que sua empresa pode fazer por mim
Gilberto Wiesel
11/07/2008
Normalmente somos colaboradores fiéis da
Organização à qual estamos vinculados. Estamos com a nossa consciência
tranqüila quanto ao grau de esforço que dedicamos àquela que nos
remunera pelo o nosso trabalho, além servir de escola para o nosso
crescimento profissional.
Bem, muitas vezes precisamos um pouco mais do que remuneração
e de possibilidade de crescimento, precisamos afeto.
Sabemos que a empresa não tem essa obrigação com o seu
colaborador, mas, levando em consideração que a vida particular
interfere diretamente na nossa disposição no trabalho, isso significa
que é, no mínimo, um investimento vantajoso. Ou seja, a empresa investe
no meu coração e eu, colaborador, retorno com disposição!
Para fluir essa relação de forma saudável, é preciso que a
empresa olhe para o colaborador com o chamado terceiro olho,
reconhecendo o invisível e, oferecendo-lhe auxilio para as emoções.
Sabemos que as emoções são responsáveis pela nossa produtividade. Nelas,
estão as forças reais do ser humano. Por conseguinte, nas emoções, está
o fracasso de inúmeros projetos. As pessoas precisam ser embaladas,
cuidadas e acalentadas. Manifestações de amor são afagos na alma. Ao
nascermos, o que nos acalmava era o embalar dos braços de alguém. Essa é
a nossa natureza, somos feitos para dar e receber carinho. O restante
vem por conseqüência. Assim, como o nosso crescimento físico veio como
conseqüência. Sobrevivemos sem recebermos amor, mas durante o caminho,
alguma coisa em nós, vai atrofiando e vai perdendo o brilho. Toda
empresa quer brilhar, sonha com um espaço aberto, deseja ser fulgurante
em solo brasileiro ou mundial. Nesse sonho, está intrínseco o brilho.
Brilhamos ao som do reconhecimento e da valorização.
Bem, mas para esse ciclo não enfraquecer, a empresa precisa
lembrar que cada colaborador é responsável, ainda que, em pequena
escala, pela irradiação final. A luz é de cada um e a força dessa
irradiação, é proporcional a intensidade e brilho de todos.
Portanto, empresários de todo país, em suas empresas,
caminham pelos corredores pessoas que precisam ser energizadas pelo
afeto e pelo reconhecimento. Assim, é a natureza humana. O nosso nível
de energia define nosso grau de empenho. O nível de energia é
proporcional ao reconhecimento, amor e atenção que recebo de quem eu me
dedico.
Desejo sorte a todos. Afinal conduzir a vida, valorizando a
energia pessoal e a do outro, é uma tarefa que não se aprendeu nos
bancos escolares. Ainda bem, que nos restam os bancos da escola da vida.