O que é Assertividade?
			Por Melissa de Fátima Antunes
			07/11/2007
			
			Com o crescimento (intelectual) desejamos desabafar as mágoas, sobre 
			pessoas, que costumam exercer poderes de superioridade , e não se 
			receiam em nos humilhar, até em posição hierárquica mais 
			elevada(chefes, patrões)onde acontece muito, tão comportamento”.
			
			Quando crescemos e muitas vezes desejamos falar um monte de coisas 
			pra outras pessoas que nos humilham seus semelhantes e em alguns 
			casos gostam de se mostrarem superiores aos que são seus 
			subordinados.
			
			Mas se me perguntasse qual a atitude mais correta e saudável 
			(psiquicamente), calar se diante as agressões verbais e morais ou 
			ser rude responder grosseiramente fazendo com que este individuo 
			coloque –se no seu devido lugar sabendo que respeitar o outro é 
			fundamental pra boa convivência.
			
			Eu responderia que o mais adequado é saber ser podenrado, onde não 
			existe resposta pronta porque tudo deve ser avaliado, pois pra 
			algumas pessoas calar se frente a uma situação é como se a 
			violentasse psiquicamente, já pra outras não tem mal nenhum deixar o 
			outro espernear e depois relevar.
			
			O que pretendo dizer que pra se ser assertivo é necessário que seja 
			pensado e avaliado o quanto às situações criticas estão me 
			incomodando e me posicionar sem pagar na mesma moeda, mas apenas de 
			forma madura e saudável mostrar pro outro ser em questão que não 
			podemos e nem devemos ter tudo que desejamos a qualquer preço. O 
			fato de ser mais forte internamente não da o direito de pisar nos 
			outros para que possa conquistar tudo que almeja.
			
			Quando LAZARUS (1977) fala de assertividade, é justamente no momento 
			que menciona o treinamento de expressividade emocional, onde define 
			e mostra como tudo pode ser mais claro e menos sofrido, se for feito 
			com cautela e respeito pelo outro, assim como devemos nos dar o 
			respeito para que possamos posteriormente cobrar o respeito dos com 
			quem nos relacionamos.
			
			De acordo com LAZARUS “as pessoas que obtêm o beneficio da terapia, 
			independente do tipo de tratamento a que se submetem, freqüentemente 
			afirmam que se tornaram mais extrovertidas, menos inibidas, e 
			capazes de lutar por seus próprios direitos”(pág. 117).
			
			O autor ainda ira definir assertividade da seguinte forma, “a 
			palavra assertivo não pode (a menos que esteja estendida além de 
			seus limites léxicos) comunicar todas as nuances de expressividade 
			emocional que incluiriam as sutilezas de amor e afeição, empatia e 
			compaixão, admiração e apreciação, curiosidade e interesse, assim 
			como a raiva, dor, remorso, ceticismo, medo e tristeza. Treinamento 
			em expressividade emocional implica no reconhecimento e expressão 
			apropriada de cada um e de todos os estados afetivos”.(pág. 118)
			
			O termo comportamento assertivo é denotado somente por aquele 
			aspecto da expressividade emocional que se relaciona com o fato de 
			lutar pelos próprios direitos.
			
			Isso não significa que devemos fazer valer nosso direito a qualquer 
			preço, desrespeitando o seu semelhante. Muitas vezes utilizamos a 
			prepotência e o orgulho pra demonstrar que fortaleza interna, mas 
			isso só é a casca. Todo grande temor é de se mostrar vulnerável, 
			sensível afinal numa sociedade machista e onde vivenciamos uma 
			carnificina psíquica.
			
			Gostaria que este texto colaborasse com o controle emocional, onde 
			não importa quem aparentemente sai vitorioso, mas sim que o 
			equilíbrio e a maturidade sejam o alvo tão almejado.
			
			Jamais devemos esquecer que existem formas e formas de se expressar 
			isso implica não só a verbalização com palavras, mas muitas vezes as 
			nossas ações possuem tanto simbolismo e significado que as palavras 
			se tornam obsoletas.
			
			Mesmo eu acreditando e admirando elas, pois as palavras (escritas) 
			podem se tornam eternas, principalmente se forem usadas de forma 
			adequada e pra colaborar com o crescimento do nosso próximo.
			
			Tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convêm (trecho bíblico), mas 
			para ser autentico não se faz necessário afrontar o outro em seus 
			princípios e filosofia aderida por cada um. Temos SARTRE e sua 
			esposa SIMONE B. que além de serem deveras inteligentes e geniais. 
			Eram considerados na época como pervertidos e um casal atípico pelos 
			hábitos e costumes deste casal.
			
			Segundo a revista FILOSOFIA (CIENCIA & VIDA) Sartre e Simone eram 
			necessários um para o outro tanto emocionalmente como que 
			intelectualmente havia uma cumplicidade tão grande que juntos 
			tornaram-se fundadores do existencialismo. Como o artigo menciona 
			não da pra comentar um sem comentar o outro assim como eles oscilam 
			entre o contingente e o necessário.
			
			“Simone contribuiu para a expansão da consciência feminina rompendo 
			as amarras que dominavam a pretensa inferioridade feminina, 
			demonstrando que a condição de mulher não era natural, mas sim 
			construída socialmente”(por Olga Hack e Marcio Jose – pág.64).
			
			Vejamos o exemplo deles e com ponderação devemos aprender a 
			equilibrar os sentimentos e a intensidade por eles vivida é tudo 
			questão de treino, ser assertivo não ocorre de um dia pra noite, mas 
			com esforço e muita coragem. Buscando um lugar junto ao sol sem 
			brigas e pacificamente se estabelecendo como um ser maduro e 
			equilibrado.
			
			BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTE TEXTO
			
			
			LAZARUS, A.A., Psicoterapia personalista: uma visão além dos 
			princípios do condicionamento, Belo Horizonte, Interlivros, 1977.
			
			FILOSOFIA – CIENCIA E VIDA, número 09, ano I, artigo: Entre o 
			necessário e o contingente, Olga Hack e Marcio Jose, pág 60-67.
			
			
			Melissa de Fatima Antunes tem como área de pesquisa e atuação o 
			atendimento psicoterapêutico de crianças, adolescentes, adultos, 
			orientação de pais e a terceira idade. É editora de um blog onde 
			fornece material de leitura para os pais, responsáveis e educadores 
			em geral: http://afadadodia.blogspot.com/
			
			É pesquisadora do Instituto de Psicologia da Universidade de São 
			Paulo - USP, pelo Laboratório APOIAR.