Empresário: sua empresa é feliz?
Gilberto Wiesel
12/07/2008

Estamos vivendo um momento em que a busca pela felicidade está cada vez mais acentuada. A idéia seduz como nunca. Sentimo-nos cada vez mais merecedores do bem - estar que ela proporciona.
As empresas, em contrapartida, estão tendo que se adaptar a essa nova exigência. Afinal, as pessoas são a alma e o sentido de tudo, e isso é motivo suficiente para as organizações se alertarem com o fato de serem, ou não, um local feliz.
Todos queremos trabalhar em empresas felizes, nas quais possamos nos realizar, sentir-nos importantes, úteis, valorizados e leves. Esse é o desejo maior.
Por isso, a pergunta que não poderá mais faltar em todas as organizações é:

A NOSSA EMPRESA É FELIZ?

Para respondermos a este questionamento, necessitamos ficar atentos a alguns sinais. São os Sinais de Alerta:

1. Sensação de tristeza no ambiente: É quando o ambiente é pesado e sombrio. Quem está dentro da empresa já nem percebe mais, acostumou-se. Já quem chega, sente o desconforto;
2. Autodesvalorização: A linguagem vigente entre os colaboradores é negativa. Costuma-se usar expressões como: Isso não vai dar certo, não vai levar a nada, etc...
3. Idéias de fracasso: O inconsciente coletivo, formado por colaboradores nada felizes, já declarou o suicídio da empresa;
4. Diminuição da capacidade de oferecer prazer: É a sensação de que o tempo não passa e que o trabalho é um pesadelo necessário devido à remuneração.
5. Prazos desrespeitados: Uma onda de atrasos assola as equipes nos mais diversos setores;
6. A criatividade nas justificativas: É momento da alucinação convincente. Quem justifica, o faz, enganando a si mesmo e aos outros;
7. Foco desviado: Horas trabalhadas de forma produtiva se transformam em minutos. Pensamentos distantes e desencontrados se transformam em horas;
8. Desmotivação Generalizada: Todos sabem que algo não está bem, mas estranhamente, tudo fica assim mesmo;
9. Redução da capacidade Profissional: Auto-estima individual em declínio pela dificuldade de concentração e lentidão na tomada de decisões. Tudo isso afetando o coletivo. Aumento da sensação de tristeza, sentimento de culpa e fadiga. O resultado é a perda de energia individual e coletiva;
Bem, enumeramos alguns sinais manifestados no ambiente geral da empresa, que demonstram que a felicidade está em crise. Esses fatores poderão afetar, seriamente, a saúde de toda a organização.
Portanto, é hora de fazer um estudo e verificar onde e como agir. Afinal, liderar uma empresa, muitas vezes, exige que sejamos um pouco rochas, pois, elas a tudo resistem e não ondas, pois, elas a tudo destroem. Um líder deverá agir de maneira a encorajar a si mesmo e aqueles que são importantes no processo, no sentido de expressarem o melhor, especialmente quando as circunstâncias justificarem o contrário. O espaço para um crescimento livre e encorajador é muito importante.
Eis então o momento de introduzir algumas pílulas de felicidade. Aí vão algumas:

1. Investir e facilitar a comunicação interna;
2. Dar autonomia às pessoas;
3. Valorizar o quadro de pessoal;
4. Implantar modelos de gestão que permitam conhecer, cada vez melhor, o público interno, descobrindo também o que fazem e o que querem;
5. Reconhecer que estamos na era do SER. Esta era exige estratégias afinadas com os novos valores;
6. Permitir às pessoas que trabalham na empresa liberarem sua essência, aspecto que até pouco tempo era renegado no ambiente profissional;
7. Oferecer programas de melhorias e crescimento pessoal e profissional.

Enfim, inúmeras são as ações que, se implantadas, sugerem a melhoria em todo ambiente de trabalho. A base de tudo é o foco na essência humana. Lembremos sempre que o ser humano continua sendo a medida de todas as coisas e, por esse motivo, é fundamental caminhar em direção a ele, oferecendo, em doses generosas tudo que pode se transformar em bem estar e, finalmente, em FELICIDADE!
Quem agradecerá, com certeza, será a empresa que, como organização, seguirá firme e motivada pelos caminhos dos negócios.