Alfabetização: Uma Nova Etapa
Por Eliane Pisani Leite
29/07/2007

É muito comum hoje em dia as crianças irem para escola bem cedo. A nomenclatura do estágio que a criança esta varia de escola para escola, para algumas chamam de Jardim, para outras pode ser Pré 1, Pré 2 e assim por diante, isso não importa muito, o que realmente vale é que para cada fase existem algumas atividades e situações oferecidas à criança para que esta fique preparada para o processo de alfabetização.

Quando a criança termina o Jardim, geralmente já esta familiarizada com a escola, ou melhor com todas normas e regras que estimulam a disciplina e responsabilidade sobre seu comportamento enquanto aluno.

É comum nesse momento os pais decidirem se a criança continua numa escola de pequeno porte ou se será matriculada numa escola de grande porte. Essa decisão é muito particular e varia de acordo com as expectativas de educação que os pais pretendem dar à criança.

Em qualquer situação quando os pequenos entram para uma turma de alfabetização, é um momento de novidade em suas vidas, e tudo que é novo traduz uma certa ansiedade, pois agora as responsabilidades aumentam e ela vai Ter que estudar de verdade.

Em geral a criança encara essa fase com muita alegria, e se orgulham de si mesmas.

Ao contrário do que pensa alguns pais, o fato de entrarem para alfabetização, virem com lições para casa, a ajuda do adulto é muito importante, pois por mais que a escola se esforce para oferecer um estudo de qualidade, cada criança tem seu ritmo de estudo, seu próprio tempo para efetuar uma tarefa, sendo que umas são rápidas outras levam horas para terminar uma lição, sendo assim o adulto precisa estar atento às necessidades da criança e colaborar em suas atividades, o que não significa fazer por ela, mas sim ajudá-la, são gestos de atenção e representam maior segurança para a criança.

Antes era muito importante para algumas famílias que seu filho desempenhasse um ótimo papel na escola enquanto um aluno de destaque, porém os novos estudos a respeito da inteligência humana mostram que existem diferenças em dons de cada indivíduo que devem ser respeitados, por exemplo uma criança pode ser ótima em matemática, mas péssima em português, essa pode ser uma característica de habilidade de raciocínio dela, não significa que ela não deva se esforçar para melhorar em matemática, mas seu desempenho sempre será melhor em português. Ter um filho como primeiro aluno da classe pode não ser tão vantajoso como alguns pais acreditam, pois essa honra tem um preço alto a ser pago pela criança que precisa sempre mostrar-se a melhor. Caso a criança tenha muita facilidade para os estudos e isso acontecer naturalmente, ótimo, pois ela não precisa viver em função de suprir as expectativas dos adultos.

Algumas crianças apresentam baixo rendimento escolar em função de algum problema orgânico, sendo assim o melhor é que seja realizado um check-up médico antes do início das aulas.

O s problemas de visão costumam causar dor de cabeça toda vez que a criança tiver que se concentrar por longo período em uma tarefa, e esse desconforto faz com que ela desvie a atenção e fique agitada. Se não houver nenhum sintoma o ideal é que faça um exame oftalmológico entre os quatro e cinco anos de idade.

Por volta dos três anos de idade é muito comum que a criança se expresse mal e faça algumas trocas de letras ou mesmo omita fonemas. Quando a situação persiste a própria escola costuma chamar a atenção dos pais e solicitar uma avaliação fonoaudiológica. O adulto pode ajudar muito quando tem o hábito de conversar com a criança, como também fazer leituras com ela.

O processo de alfabetização é facilitado quando não houver nenhum problema de ordem auditiva, quando a criança é capaz de distinguir claramente os sons, ou seja, discernir sons semelhantes, como t e d ou b e p. Algumas criança acabam perdendo o interesse pelos estudos ou mostram-se apáticas e com dificuldade de se expressar, nesses casos os pais devem fazer uma avaliação para achar a causa.

Outro tipo de problema que pode causar desconforto são os problemas de ordem ortopédica. Atualmente os ortopedistas fazem intervenção a partir dos dois anos de idade, antes disso pés chatos ou pernas tortas são tratados só com exercícios.

Tanto para adultos como para crianças é muito saudável andar descalça e principalmente andar na areia

Eliane Pisani Leite - Autora do livro: Pais EducAtivos - Pisicologia Acupuntura Psicopedagogia - pisani.leite@terra.com.br